Nesta quinta-feira (10/07), os vereadores da Câmara de Aracaju receberam diversos representantes de sindicatos para discutir o texto da reforma previdenciária enviado pela prefeita Emília Corrêa. De acordo com os representantes, o projeto inicial trazia elementos prejudicais aos servidores do município.
Durante o diálogo entre o Poder Executivo, Legislativo e os sindicatos, um novo projeto chegou à Câmara. De acordo com o presidente da Casa, Ricardo Vasconcelos, “recebemos um projeto novo por parte do Executivo, que é fruto da discussão com os sindicatos e com os vereadores. Revisamos esse projeto no sentido de não haver perda de direitos e avançar para garantir também aos servidores uma dignidade na sua aposentadoria. Então, a prefeita Emília foi muito sensível, concordou com todos os pontos que nós apresentamos e o projeto já vai entrar na votação”, destacou.
O líder da Prefeitura na Casa, o vereador Isac Silveira, disse que “houve mudanças em algumas regras, a questão da pensão ser mantida, inclusive com o avanço em caso da maioridade do dependente, garantia para a aposentadoria dos professoras, assim como a certeza de que haverá regras de transição, por exemplo. Essas medidas são necessárias para garantir a reforma mais branda que já se viu no Brasil até então, e uma reforma que garantiu também, na minha avaliação, o equilíbrio do caixa. A prefeita Emília Correia acerta quando ouve o movimento sindical, quando inclui no projeto as reivindicações e torna consensuada essa reforma. Pela primeira vez é uma reforma que teve, por unanimidade, o consenso da classe trabalhadora”, reforçou Isac. O líder explicou também sobre a alíquota que irá aumentar de 11% para 14% e que os servidores começarão a pagar a partir de outubro de 2025. Isac disse que a prefeita Emília garantiu um aumento de 3% na remuneração do servidor, a partir de janeiro de 2026, como uma forma de compensação.
O líder da oposição na Câmara de vereadores, o vereador Elber Batalha, explicou que ” espero que haja uma conciliação para aprovarmos a reforma. A ideia é fazer essencialmente o que é obrigatório para que o município recupere a certidão de regularidade previdenciária, melhorando a situação do servidor ou, ao menos, penalizando da menor forma que seja possível. Esse é o exercício que fazemos aqui e eu, como líder da oposição, estou fiscalizando”, pontuou.
Representantes dos sindicatos participaram ativamente das mudanças no projeto da reforma
A Câmara recebeu representantes dos sindicatos para discutir a reforma. Um deles foi Helton Monteiro, presidente do sindicato dos médicos de Aracaju. Segundo Helton, “hoje, o presidente da Câmara conseguiu reunir todos numa sala falando desse projeto de reforma da previdência. Nós conseguimos que mantivéssemos a aposentadora especial, que era uma briga dos servidores, mas com algumas alterações, por exemplo, a pensão por morte que é algo que a gente lutou muito. Essa é uma luta dos trabalhadores que estão aqui dentro, os seus sindicatos que estão lá fora, protestando, e o diálogo com a Câmara representado pelo vereador Isac e também pelo presidente Ricardo. Conseguimos fazer um consenso que ajudasse a todos”, destacou.
Foto e fonte: ASCOM CMA
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